Em momentos de mudança, metas continuam, números chegam… mas o clima esfria.
A motivação some, o turnover cresce e, no dia a dia, líderes sentem que algo se perdeu pelo caminho.
Neste artigo, vamos explorar como liderar mudanças na empresa de forma mais consciente, evitando rupturas desnecessárias e fortalecendo a cultura interna.
1. Entenda que só mudar a estratégia não basta
A estratégia mudou.
De novo.
O modelo também.
As ferramentas. As prioridades. As lideranças.
Mas e o time?
- Como engajar quando tudo muda tão depressa?
- Como manter a coesão sem microgerenciar?
- Como inspirar sem ter todas as respostas?
A pressa pode até gerar entregas rápidas, mas não garante transformações consistentes.
2. Respeite o tempo da mudança
Vivemos numa cultura imediatista.
Se é pra mudar, que mude logo.
Se é pra melhorar, que melhore agora.
Se é pra transformar, que traga retorno visível.
Mas nem toda mudança quer pressa. Algumas precisam de:
- Tempo para amadurecer (pode ser o tempo de uma respiração aqui, sabia?)
- Silêncio para compreender (fora e dentro. qual a qualidade dos seus pensamentos?)
- Raiz para sustentar (o que é realmente importante aqui?)
3. Tenha coragem para escutar
Liderar mudanças não é só sobre falar — é também sobre escutar.
Coragem pra pausar.
Coragem pra ouvir o que está vivo — mesmo quando dói.
Coragem pra admitir que nem tudo estará claro… e talvez nunca esteja por completo.
4. Inspire-se na “combinatividade”
Murilo Gun costuma dizer:
“Toda solução criativa é uma combinação de coisas que já existem — só que de uma forma que ninguém viu ainda.”
Esse conceito, chamado de combinatividade, é essencial na mudança: não é reinventar tudo do zero, mas combinar elementos antigos e novos de maneira inteligente.
5. Aprenda a lidar com o espaço entre dois trapézios
Mudar é como estar entre dois trapézios:
- Soltar a barra anterior exige coragem
- O vazio entre as barras é desconfortável
- O crescimento acontece justamente nesse vazio
Quando tentamos segurar as duas barras… não voamos.
Quando confiamos no movimento… o voo acontece.
6. Conecte cultura e resultado
Mudar a estratégia é inútil se a cultura não acompanha.
- Cultura forte sustenta mudanças
- Propósito claro reduz turnover
- Liderança coerente engaja sem forçar
7. Cultive raízes antes de buscar flores
Na Escola Atemporal, acreditamos que mudança que dura não tem atalho — tem raiz.
E a raiz, às vezes, precisa escurecer a terra antes de florescer.
Por isso, o impacto real da mudança está no tempo que se dedica a fortalecer relações, decisões e valores.
A melhor forma de engajar o time é criar um ambiente de escuta ativa e clareza nas comunicações. Envolver as pessoas no processo, compartilhar o “porquê” das mudanças e reconhecer contribuições fortalece a sensação de pertencimento. Além disso, equilibrar objetivos de curto prazo com a construção de relações de confiança é essencial para manter a motivação.
O alinhamento entre cultura e estratégia começa pelo exemplo da liderança. É necessário revisar valores, comportamentos e práticas para que estejam coerentes com o novo direcionamento. Isso inclui ajustar processos, incentivar comportamentos desejados e comunicar de forma transparente como cada decisão estratégica reflete a cultura da empresa.
Observe o engajamento, a saúde emocional e a capacidade de adaptação do time frente a novos desafios.
Entre os erros mais comuns estão: implementar mudanças sem envolver a equipe, subestimar o impacto emocional da transição, comunicar apenas o que muda sem explicar o motivo, e querer resultados imediatos sem permitir tempo para adaptação. Outro erro frequente é não alinhar as lideranças intermediárias, o que pode gerar ruído e resistência interna.
A liderança precisa guiar com clareza, consistência e coragem, abrindo espaço para diálogo e aprendizado contínuo.